Até o final de março, a Missão de Assistência Militar da UE (EUMAM Ucrânia) treinará mais de 11.000 soldados ucranianos, subindo para 30.000 até o final do ano, disse o Alto Representante da UE, Josep Borrell, em entrevista coletiva após o Conselho de Defesa da UE em Estocolmo, em 8 de março.

Segundo Borrell, todos os Estados-Membros estão satisfeitos com os resultados alcançados por esta missão de treino e estão “comprometidos a fazer mais, especialmente quando os carros de combate estão a chegar à Ucrânia e as tripulações destes carros de combate têm de ser treinadas”. Borrell também propôs aos ministros da Defesa da UE uma abordagem baseada em três pilares que se complementam.

Primeiro, ele propôs um novo pacote de apoio de € 1 bilhão por meio do European Peace Facility (EPF). Segundo Borrell, esse pacote ajudaria a reembolsar a entrega imediata de munição, que deve vir de estoques nacionais.

Em segundo lugar, Borrell disse que a UE precisa coordenar um pacote comum de demandas à indústria para mais uma vez adquirir munição de 155 mm por meio da Agência Europeia de Defesa.

“O Alto Representante da UE propôs mais 1 bilhão de euros para esse fim. A Agência Europeia de Defesa (EDA), que foi criada pelo Tratado de Lisboa e é responsável por adquirir este tipo de coisa – contratos comuns – tem um projeto para o efeito e pode usar um procedimento acelerado para o fazer mais rapidamente. Se formos juntos, podemos reduzir não apenas os preços unitários, mas também podemos reduzir o tempo de entrega”, disse Borrell.

Um terceiro pilar sugerido por Borrell envolve o aumento da capacidade da indústria de defesa europeia para atender à enorme demanda dos exércitos da UE.

Borrell acrescentou que “houve um acordo geral sobre este procedimento, mas há questões pendentes”. Ao mesmo tempo, os ministros concordaram “sobre o objetivo que é apoiar a Ucrânia, tanto quanto possível e o mais rápido possível”.

Fonte: euneighbourseast.eu